Bem vindo ao Via Consciência, um blog dedicado à comunicação conscienciológica, onde o ser humano em evolução é o principal tema de pesquisa.

Todos os textos neste blog são de autoria de Mário Luna Filho, salvo aqueles em que a fonte for mencionada. Críticas e comentários são bem vindos.

"Não acredite em nada que ler ou ouvir neste blog. Reflita. Tenha suas próprias opiniões e experiências."

domingo, 13 de dezembro de 2015

A ERA DA AMARGURA (POLÍTICA)

    Há um sentimento anti-patriota no ar, uma vergonha estampada, uma malemolência de desesperança, uma agitação exarcebada, uma inquietude de insegurança, uma angústia de impotência, uma culpa velada, uma indignação de desrespeito, uma busca sôfrega por ar ou um estômago de aço inoxidável para engolir todas as mentiras, calar diante de todo esse despautério que se tornou esse país do abandono. Que esse povo resista mais uma vez, que o aprendizado lhe sirva, que a força lhe salve e o sonho alimente o que quer que ainda lhe chegue à vida.

sábado, 12 de dezembro de 2015

A ERA DA REINVENÇÃO POPULAR (POLÍTICA)

    Devemos ser lúcidos o suficiente para sabermos onde estamos, o que podemos esperar e o que devemos fazer. A Era do Ativismo Político acabou. Não há escolhas seguras, sem comprometimento com a antiética dos partidos, pois os sistemas estão corrompidos. Chegamos à Era do Kali Yuga (Idade do Vício) político. O povo brasileiro precisa se reinventar, assumir o seu papel com dignidade e recuperar os mecanismos de escolha do que chamamos de democracia. ...O que queremos para nós? Talvez tudo isso esteja acontecendo para o amuderecimento coletivo, aquele mesmo que acontece em períodos pós-guerra (os números são parecidos: mortes por arma de fogo, fome, miséria, desigualdade etc.). Sem ele não estaremos salvo da ganância imperartiva com que somos governados. Eis o momento do povo recuperar a dignidade e assumir o seu papel. Estamos afunilados nessa grande reciclagem coletiva e podemos tirar bom proveito disso com maturidade. Talvez isso seja uma utopia. Mas é o ativismo politico mais seguro.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O ENGANO DA ZONA DE CONFORTO (COMPORTAMENTO)

    Às vezes, nos ver livres do que não presta ou nos afastarmos de uma pessoa por ela ser tóxica é uma forma de limpar um possível ladrão de energia. Porém, o que devemos usar nesse caso é o velho e bom discernimento, uma vez que viver o que não presta ou conhecer alguém tóxico pode implicar num tipo de aprendizado o qual temos que enfrentar, seja para reciclar ações e pessoas ou nos modificarmos a melhor diante delas. A nossa experiência sempre nos interessa. A evitação pode indicar omissão diante de algo que devemos fazer. Se você tem o hábito de afastar todos os problemas (situações e pessoas) sem resolvê-los, desconfie: você pode estar estagnado numa boa zona de conforto e adiando resoluções importantes. O nosso objetivo aqui deve ser deixar para trás o menor número possível de obras inacabadas.

domingo, 6 de dezembro de 2015

A RAIZ DA INTOLERÂNCIA COM O OCIDENTE (SOCIEDADE)

A civilização do planeta começa em três lugares, a Mesopotâmia é um deles; o Egito é um outro. Ambos encerram numa região limitada no oriente médio as principais religiões monoteístas. O islã foi a terceira grande religião, depois do judaísmo e o cristianismo. A fusão entre o cristianismo e o islamismo ocorre mais tarde de tal maneira que Adão, Moisés, Noé e Jesus Cristo foram inicialmente profetas islâmicos. A guerra de forças começa e aí surge o poderoso Império Persa, entram os gregos na disputa e o igualmente poderoso Império Romano, que acaba se partindo em dois, com o lado mais próximo do oriente médio resistindo bravamente. Mas, então, surge o Império Otomano, na Turquia, mas não com os turcos, e sim com os povos do norte asiático, liderados por Genghis Khan. O Império Otomano resiste na região por 600 anos, até a Primeira Guerra Mundial. Com o fim deste império, a Síria aparece no mapa pela primeira vez, assim como a Jordânia e o Iraque. Mas de onde saíram esses países? Em 1916, ocorre o Acordo de Sykes-Picot (por esse você não esperava!). Tal acordo tinha a palavra da Inglaterra e da França de que não invadiriam a região do Império Otomano, sem o apoio da população que vivia na região do império, na sua maioria árabes. Mas como a Inglaterra e a França conseguiram invadir sem o apoio da população? Fato é que ambos prometeram criar a Grande Arábia, um país exclusivo para os árabes. O problema foi que tal promessa era uma fraude. Uma vez na região, a Inglaterra criou o que hoje conhecemos por Palestina, Iraque e Jordânia, enquanto a França criou a Síria. Não eram países, na verdade, mas regiões demarcadas e comandadas pelas potências europeias. O interesse era o petróleo, o que passou a ser explorado à exaustão, com a chegada de empresas estrangeiras na região. Na Síria, os franceses expulsaram os sírios a patadas. Após a Segunda Guerra, os europeus deixam a região e os sírios exilados criam o Estado de Israel, que não foi reconhecido pelos seus vizinhos. Com a saída dos britânicos da região, esses estados vizinhos começam a atacar o Estado de Israel e a região vira um caos de intolerância. Com a saída da França, na Síria surge a luta pelo poder e inúmeros golpes de estado. Foi então que, algumas décadas depois, surge o Baaz, uma ideologia que mistura o sonho antigo de uma única nação árabe, com ideias socialistas e a formação de uma nação laica (sem religião dominante). As disputas então se desdobram na região, surgem mais povos nessa disputa: xiitas, sunitas, curdos e os braços radicais do islamismo, com a Al-Qaeda e, por fim, o Estado Islâmico, que hoje faz frente na Guerra Civil na Síria e semeia uma discórdia generalizada. Os grupos islâmicos radicais do terror surgem imbuídos de um regaste histórico movido pela religião, cultura e poder. O ódio ao ocidente é motivado pelo domínio europeu ocorrido há mais de 600 anos na região (talvez antes disso), com o Império Romano e, recentemente, a partir de 1916, com a Inglaterra e a França motivadas pela exploração do petróleo. A História é construída por efeitos-cascata e desdobramentos de eventos milenares. Para entender o presente é preciso conhecer o passado.

sábado, 5 de dezembro de 2015

AS INTITUIÇÕES DE ENSINO (EDUCAÇÃO)

     Sejam elas escolas, universidades ou instituições de pesquisa, as instituições de ensino, em geral, transmitem seu conteúdo com base numa programação estabelecida tanto pelo sistema de ensino padrão, como pelo paradigma com que entendem a realidade. Embora os professores estimulem a pesquisa para a ampliação dos temas e a livre experiência para a comprovação dos fatos, tais programações, invariavelmente, recaem na negligência ao pensamento original valendo-se mais da importância de quem... pensa do que, propriamente, do que é pensado, um engano que gera muitas vezes, subliminarmente, uma espécie de doutrinação ideológica. Tais instituições imbuídas do ofício educador e, supostamente, incentivadoras da experiência pessoal equivocam-se na ação educativa por simplesmente vocalizar verdades históricas ou relativas inibindo a atualização dos fatos por meio de novas ideias e ignorando o pensamento experimental como determinante para as revalidações da verdade aceita, na medida em que desprezam as diferentes visões dos fatos ante a imposição das opiniões estabelecidas que dominam o conteúdo de ensino e que tornam este sistema maniqueísta e ideologicamente autoritário. Há uma espécie de monopólio moral, que é a antítese da construção do pensamento e de ideias, de fato, originais, que não permite o aluno, e nem mesmo o professor-pesquisador, fazer valer a liberdade de expressão para expor a sua visão de mundo. Qualquer crítica ao “politicamente correto” é sujeita a punição e, em alguns casos, ao afastamento do aluno ou professor transgressor. Sendo assim, muitos alunos não defendem absolutamente nada por intimidação ou desinteresse no polêmico, o que é compreensível. Vivemos hoje uma crise de valores generalizada, inseridos num sistema de disputa de poder nas mais variadas instâncias - ou seria uma crise egóica? -, que nas instituições de ensino ocorre por meio do poder do ensino de verdades que não apenas transgridem o próprio significado da palavra, como produz uma geração de mentes lavadas cerebralmente, preparadas para abrir mão da sua individualidade e sempre pensar por meio do coletivo – o chamado pensamento coletivista -, deixando a certeza (ou uma grave intuição) de que toda verdade é relativa desde que ela seja relativa ao que já foi estabelecido como verdade.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

CORRUPÇÃO NA SOCIEDADE: ESCOLAS (COMPORTAMENTO)

    Fazer parte de grupos de trabalho na escola e não participar de tarefa alguma, colar em provas e testes, realizar trabalhos com textos copiados da internet, assinar lista de presença em nome de colegas, passar cola ao colega, entre outros pequenos delitos são atos que mostram que a corrupção existe no meio de alunos desde cedo e que ela é, em grande parte, estimulada não só pela falta de interesse no aprendizado por parte do aluno, ...como na falta de interesse do sistema em educar, de fato, os alunos. Há meios de mudar esse quadro com um sistema de ensino que valorize as habilidades pessoas, através da descoberta de talentos, e eduque por meio do estímulo ao pensamento, mais questões discursivas do que as falidas multiplas escolhas (não valeria, no caso, a entrega do trabalho apenas, mas a sua apresentação em sala também). Para isso, o sistema precisa se atualizar, sair da pré-história, contratar mais profissionais, oferecer melhores salários e condições de trabalho aos professores e remodelar-se. Não vale apenas o aluno ter consciência de que ele precisa ter consciência, mas que os educadores também entendam que precisam ensinar a pensar, o que não acontece em todas as escolas.

O FENÔMENO PAPA FRANCISCO (RELIGIÃO)

Não costumo entrar nos méritos religiosos, mas é curioso o que está havendo com o "fenômeno Papa Francisco" na Europa e nos EUA - talvez até aqui mesmo no Brasil. Há uma avalanche de críticas a ele e à sua maneira pouco ortodoxa de gerir a Igreja Católica. Dizem os conservadores que "ele está criando uma marca pessoal em cima do cristianismo social", e, obviamente, recl...amam de "marketing pessoal", além, claro, das suas tiradas imprevisíveis em cada grande encontro ou evento. Ora, como leio sobre (quase) tudo que concerne aos pilares da evolução humana, não costumo cair em alhos por bugalhos. O que o Papa Francisco faz nada mais é do que cobrar na prática o que padres, bispos, sacerdotes, arcebispos e afins, incluindo os fiéis, apregoam na teoria: olhai os pobres, compartilhai com os pobres, dai aos pobres, enfim, ele cobra uma melhor repartição de bens e riquezas no mundo, levando a cabo aquilo que os seguidores da ordem religiosa aprendem como sendo, justamente, as palavras de Cristo. Ou seja, o recado é - nas entrelinhas: acabem com a autocorrupção no cristianismo. Esse é o cerne da questão. O que ele está fazendo é, na verdade, atualizar o paradigma cristão-católico-religioso - mas isso deve dooeerr !!! Coerência neles, Papa Francisco!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A VELHA E CONTROVERTIDA QUESTÃO DA PENA DE MORTE (COMPORTAMENTO)

    Acabei de ler um texto muito interessante da Beatriz Lobato, que ilustra a incoerência humana como uma marca da involução do comportamento e da estagnação de princípios e valores, arraigados desde muito antes da época em que por aqui passou o filósofo Jesus Cristo. E é sobre ele que ela disserta: "Jesus passou a vida arrumando treta por questões sociais. Defendeu assassino, ladrão, puta, pobre e leproso. Juntou uma galera pra... defender a causa. Começou a fazer barulho. Conquistou o desafeto da classe média e da elite. Considerado subversivo, foi preso pelo Império. A classe média pedia pena de morte, mas o crime não a justificava. Pôncio Pilatos jogou o b.o. pra Herodes. Herodes se ligou na mesma coisa e devolveu o b.o.. Pilatos então deixou pra galera decidir. Bem pensado, porque desde aquele tempo, o povo já tava cheio de dateninha linchador. O cara foi executado ouvindo piadinha de justiceiro. E não foi morto "entre" bandidos. Foi executado pelo Estado COMO bandido - subversivo, o que de fato era. Enfim, o messias cristão foi um sujeito engajado em questões sociais, executado como bandido pelo Estado sob os aplausos dos justiceiros. Então, Jesus, se você estiver lendo isso e pensando em voltar, fica esperto. Essa "gente de bem" de hoje em dia vai te matar de novo enquanto come bacalhau e ovo de Páscoa." É... nada mudou por aqui.

sábado, 10 de maio de 2014

INVESTIGAÇÃO: COMUNICAÇÃO INTERDIMENSIONAL (PESQUISA)

Desde dezembro de 2013, tenho realizado experimentos de gravação de áudio extrafísico durante a mobilização básica das energias. O que à princípio parecia improvável de dar certo revelou-se uma prática investigativa de importância única não apenas para o conhecimento do universo extrafísico, mas, sobretudo, para a autopesquisa da minha psicosfera e as relações interdimensionais que norteiam o meu momento evolutivo, através das reciclagens conscienciais necessárias. Ao todo, até o momento, 130 experimentos foram realizados, com uma média de 30 a 40 minutos de gravação por experimentos. O compêndio de informação é gigantesco e já estou escrevendo um livro sobre o assunto que deve sair em 2015.

O experimento consiste basicamente de ligar o gravador do celular, enquanto eu faço a mobilização das energias, prática que se assemelha em alguns aspectos à meditação. Durante a atividade, nada é ouvido, nenhuma voz ou som não identificável é percebido, salvo aqueles observados antes do início do experimento, como barulho de carros na rua, natureza, vizinhança etc., sons, portanto, do mundo físico apenas. Ao fim da mobilização, passo o arquivo de áudio para o computador, amplio o som em 700 vezes, faço o upload deste arquivo para o editor de som, faço uma nova ampliação de som e só então posso ouvir os áudios captados. São inúmeras as captações de vozes e sons extrafísicos não identificados nas gravações. Algumas captações são claras como a voz humana, outras nem tanto e, claro, há muito material cujas vozes não são decifradas. Lancei no meu canal no YouTube o resultado selecionado de 3 experimentos e a intenção é lançar essas gravações na medida em que els são editadas.


A pesquisa de captação de áudios extrafísicops já gerou alguns benefícios, como (1) um aumento do parapsiquismo, diga-se, clariaudiência - em alguns momentos, posso ouví-los sem precisar de gravação; (2) a ampliação do portal - meio de comunicação a partir da dimensão extrafísica: hoje há muitos mais áudios gravados - vozes audíveis e comunicação em diálogos do que verificado nos primeiros experimentos; (3) aumento do campo assistencial e da comunicação propriamente dita: há consciexes que vêm para se comunicar porque sabem que você irá ouví-las - mensagens, recados etc., para você mesmo, passaram a ocorrer com mais frequência; (4) ganho de conscientização da sua realidade multidimensional, com uma atualização sobre você mesmo e o entendimento do seu contexto existencial; (5) ganho da noção de prioridades com relação à sua programação existencial; (6) ganho de recurso extrafísico (amparo) para as reciclagens existenciais; (7) maior intimidade na relação com amparadores, membros de equipexes etc. - hoje já consegui mapear nomes de consciexes dessas equipes e já foi possível conversar em tempo real com algumas delas; (8) ganho de acuidade auditiva - você começa a identificar um áudio extrafísico com propriedade, pois os reconhece através de padrões de tonalidade, entonação, volume, rotação etc.; (9) realinhamento pensênico através da conscientização multidimensional e, para fechar uma lista redonda, (10) o bem estar que essa comunicação produz no reconhecimento de antigas amizades, a constatação do seu compromisso com essas equipes de trabalho, a ciência de como um atendimento extrafísico é feito através das suas energias e os benefícios que esse tratamento produz nas próprias consciexes.  



Todo experimento deve ser feito com MBE (Mobilização Básica das Energias) para que haja uma intencionalidade hígida envolvida, isto é, benéfica para o experimentador, através da autopesquisa, e terapêutica para as consciexes, com a exteriorização das energias. Além disso, a MBE otimiza a produção de ectoplasma (quanto maior for a exteriorização de energias ectoplásmicas, melhor será a qualidade dos áudios). Também ressalto que a prática da MBE cria campos paraterapêuticos, com presença de equipexes que sabem conduzir o atendimento. Os experimentos não devem ser feitos todos os dias na mesma hora para não ocorrer a instalação de uma TENEPES (Terapia Energética Pessoal Diária), nem todos os dias em horários diferentes, para não estabelecer uma pré-TENEPES. Caso não seja a intenção do experimentador começar a pré-TENEPES, faça os experimentos em dias alternados, ou algumas vezes por semana, em dias diferentes, a fim de não criar rotinas com a criação de campos conduzidos por consciexes em geral. Ao iniciar o experimento, a responsabilidade da evocação será sua. Por isso, é importante fazê-lo cons fins assistenciais, montando campos para equipes extrafísicas, obedecendo padrões de posturas de acomodação no local do experimento, com organização pensênica (pensamentos, sentimentos e energias adequadas, pacíficas e acolhedoras), boa temperatura (se ligar o ar, desligue-o durante o experimento ou você não vai ouvir nada pelo barulho da máquina), isolamento de sons externos (procure as horas do dia mais silenciosas, feche portas e janelas, desligue a televisão, o som, o rádio, esconda os animais e os relógios de mesa e parede por causa dos tic-tacs, observe se há vizinhos falando alto, cantando, barulho de carros na rua, etc. para não haver contaminação no som - com a ampliação do som, todos os sons físicos ficam como se estivessem acontecendo dentro do seu quarto!); observe também os padrões dos áudios antes da montagem de campo (frequência ostensiva de consciexes que chegam para o tratamento - confusão, balbúrdia), durante a montagem de campo (momento da chegada de equipexes e organização das consciexes para o tratamento - acalmia); durante o campo (equipexes e atendidos dialogam - organização); no encerramento do campo (membros de equipexes conversdam entre si - observações sobre pacientes e você). Nota final: durante o experimento, não se ouve nada - silêncio total. Todos os áudios só são audíveis quando gravados e ampliados. A pesquisa está no início, segue em andamento e muito ainda precisa ser observado. Tenha as suas próprias experiências.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

SEM CONVERSA NEM DIREITOS HUMANOS (SOCIEDADE)

A desocupação do prédio da empresa telefônica OI foi cruel, desumana, sem apelação, sem conversa nem direitos humanos, corroborando com a visão capitalista e socialmente preconceituosa de empresas como essa, que, além de encher as burras de dinheiro, trata o ser humano sem qualquer piedade. Num país usurpado pela corrupção desde os tempos do descobrimento, o governo desvia o dinheiro da moradia para as classes pobres, abandona a causa social na mesma medida em que a crueldade se fortalece ao lado da "justiça". A força brutal é um recurso comum usado contra os mais fracos. Paradoxalmente, num país pobre na prática e milionário nos cofres públicos, o preconceito social é plenamente exercido pelas instituições governamentais e empresas capitalistas como essa. Recentemente, na Inglaterra, houve um mando de desapropriação de casas e apartamentos destinados à classe pobre. Todos foram acabar na frente de um juiz para discutir a situação e chegaram ao consenso de dar às famílias um prazo para a mudança, tudo monitorado pelas instituiçõies sociais do governo inglês. Por que diabos nós brasileiros nos tratamos de forma tão desumana? Sinceramente, não dá pra ser patriota sem que esse sentimento seja uma forma de alienação. 

terça-feira, 22 de abril de 2014

MONSTROS DA SOCIEDADE ? (SOCIEDADE)

O caso de menores infratores NÃO é um caso de polícia, mas social. Se essas crianças estivessem numa família instruída e na escola, com alguma perspectiva de vida e longe da bandidagem na vizinhança, o número de menores infratores cairia vertiginosamente. Claro que índole ruim existe, mas a questão social tem o papel de domar esses instintos. O nosso social é falho e cria os seus monstros. Por isso estão todos aí, soltos na rua, abandonados à sorte e para o nosso azar, estão bem do nosso lado, prontos para descarregar a sua revolta no primeiro indivíduo que não teve o mesmo triste destino que eles. A tendência da maioria das pessoas é condenar, jogar quem não deu certo no lixo. Mas essa não é uma atitude cosmoética, mas eugênica. E não esqueçamos: nós criamos os nossos próprios monstros. Quando o Estado não faz o seu papel, a sociedade paga a conta. E quando a sociedade não faz o seu papel, a vida se torna uma roleta russa. Como dizia a minha querida falecida avó, "quem julga por instinto, pensa pelo diabo". 

terça-feira, 15 de abril de 2014

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE EVOLUIR (CONSCIENCIOLOGIA)

Após milênios de conjeturas, suposições, crenças, hipóteses, teorias, teses, desconfianças e esquadrinhamentos os mais complexos e intricados para entender mininamente a lei por trás do processo evolutivo humano, descobrimos, para nossa surpresa, que ele baseia-se simplesmente na condição de nos colocarmos no lugar do outro. Nenhum estratagema teórico, esmiuçado em lousas e papéis, assim como nenhum entendimento filosófico da essência da vida, é capaz de suplantar a necessidade da prática vivencial no aprendizado evolutivo. Nem os belos feitos existenciais, as primorosas intenções educativas e as benéficas atitudes assistenciais servem como privilégio na hora de encarar as reciclagens conscienciais, fundamentais para essa evolução. Posso assegurar, sem medo de equívocos, que ninguém evolui no papel ou por ser um bom samaritano, devotado a toda sorte de carmas e imbuído de amar a vida sem preconceitos. A prática de viver na realidade o que nos falta conhecer é irremediável. Esse mecanismo experimental faz parte da própria essência evolutiva e se trata de um recurso educativo de autoconscientização. Nesta dimensão de pesos e formas, a biografia cronológica se revela apenas uma rama de galho na frondosa árvore holobiográfica, que germinou e fez nascer ao longos dos séculos os frutos da nossa carmática natureza intraconsciencial. A alarmante descoberta de tais frutos, no despertar da recomposição, não atenua-se através de estações nem de ares despoluídos, não se refaz com podas nem com jardinagem, mas por meio da laboriosa tarefa da reconciliação e do experimento de nos colocarmos no lugar do outro, de tudo e de todos aqueles que geraram os frutos amargos da nossa árvore genealógica existencial. Sem a vivência das consequências do nossos erros, jamais saberemos o que de fato precisamos corrigir e o que de fato precisamos conhecer para evoluir. 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

ENGARRAFAMENTOS (CIDADE)



Com um planejamento urbano feito, muito provavelmente, a goles de cerveja e bicadas em torresmo numa mesa de boteco, o prefeito e sua gente tocam o terror com seus desvarios políticos, visando as Olimpíadas de 2016. Para isso, demoliu viadutos, bloqueou ruas, proibiu transportes públicos de circularem no centro, mudou intinerários e paradas de ônibus sem aviso prévio nem nova sinalização, dividiu ao meio ruas e avenidas, afunilando o já impossível fluxo de carros, de modo que, de qualquer parte da cidade que se chegue ao centro, a vida pára bruscamente num engarrafamento. Assomam-se a tudo isso os inadvertidos problemas do dia-a-dia: estouro de cano na Leopoldina, vazamento de gás no Estácio, fechamento de túneis, panes em sinais de trânsito, protestos em horários do rush e os temerários tiroteios entre policiais e bandidos em plena luz do dia. Dentro dos veículos a vida passa devagar, em doses torturantes, num suplício em primeira marcha que se estende quilometros sem alteração. Verdadeiros cortejos fúnebres de carros, ônibus, caminhão e motos se criam em minutos e atravessam bairros inteiros sem luz no final do túnel nas próximas horas, ganhando contornos de pesadelo na mais perfeita desordem. A exasperação toma conta dos motoristas, inquietos e em erupção, que dirigem com a mão nas buzinas, não para pedir passagem, mas por um simples gesto de loucura. Entretanto, as eternas ambulâncias chegam de todas as partes, trazendo enfermos saculejando dentro delas, ou mesmo vazias, e cortam as filas de carros, que, sem ter para onde irem, sobem as calçadas para dar passagem à urgência médica. Carros de polícia aparecessem com a mesma frequência logo após as ambulâncias, com as suas sirenes luminosas e estridentes, não por estarem em serviço de urgência, mas pelo fato de que uma sirene é tudo o que um carro precisa para não ficar entalado num engarrafamento. Até veículos de empresas de atendimento de gás, eletricidade e reparos urbanos usam o semelhante recurso das sirenes para fugir do desespero. É impossível imaginar um mundo pacificado quando estamos presos num congestionamento. O mundo moderno se dissolve no desperdício de tempo e se transforma de volta no de uma época em que ninguém tinha pressa. O solução é fugir mentalmente para algum lugar longe dali a fim de não enlouquecer de vez; para um lugar onde a tão sonhada paz exista numa via onde tudo flui sem pânico e o mundo não pareça um jogo de vídeogame. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

O VALOR DA FELICIDADE (FILOSOFIA)

Queria viver livremente tudo que a vida tem de melhor ao nosso alcance, tudo que podemos fazer sendo feliz, queria viver apenas certas partes de mim, aquelas já recicladas, mas no eterno crescimento, nos renovamos acada segundo, e conhecemos, irremediavelmente, novas partes do nosso universo, algumas escondidas, outras ignoradas pelo nosso olhar vago, umas enganadas pela futilidade, outras mascaradas pelo medo. Queria saber esquecer as horas e o peso dos dias, e, nos mais difíceis, queria deixar a leveza prevalecer e vencer a gravidade dos momentos. Mas o verdadeiro bem estar é um benefício conquistado, o resultado das dificuldades, um efeito cascata do sofrimento no aprendizado evolutivo. Assim ele faz mais sentido e se valoriza, e, por ser volátil, dessa forma o preservamos mais, racionalizamos mais para desfrutá-lo como uma boa champagne, em alguma trégua interior, no esquecimento da voracidade que nos acomete para crescer por meio desse doloroso aprender. A felicidade duradoura surge sem euforia, intimamente, quando sabemos olhar além para tudo que fizemos e ver ali algum tipo de vida germinando e crescendo em outra vida, modificando assim como fomos modificados, educando assim como fomos educados, um ato que circula de maneira ininterrupta num tempo indefinido e num espaço abismal, como uma catraca dessa roldana evolutiva perene, que nos gira como mini-peça de um maxi-mecanismo. Não, a vida não nos cobra pedágios caros, os quais não podemos pagar. Ela nos conhece o suficiente para saber o que podemos bancar. Mas poucos, de fato, a conhecem, por, equivocadamente, buscá-la apenas nos momentos felizes. 

quinta-feira, 20 de março de 2014

A MORTE É A ÚNICA FALTA DE ESCOLHA (FILOSOFIA)

Pensamos que a vida perde o sentido na ausência do amor, na falta do dinheiro, de perspectivas, na realidade de uma fracasso, na perda de direção, na carência da visão, na deseducação espiritual, no materialismo, no engano do alívio, no arroubo do desespero, na loucura e na insanidade, mas vemos famosos, ricos, milionários, celebridades bem sucedidas, artistas talentosos, com carreiras promissoras, mestres e intelectuais, uma chusma de gente inteligente, líderes e que fazem a diferença tirando a própria vida minados por vícios, desilusões, cegueiras, desconhecimentos, doenças, e então pensamos: o que faz a morte uma escolha? E o que nos mantém vivos? O estímulo e o prazer? A realização e o reconhecimento? A satisfação sobre o que se faz? A demência e a resignação? O comodismo? O medo do desconhecido? A espiritualidade? A noção transcendental? o conhecimento da continuidade da vida? A ciência do sofrimento? Por que a vida às vezes parece assustadora e a morte sedutora? O que move essa decisão intrinsecamente? Se a morte é inevitável porque abreviá-la às vezes tão cedo? A escolha da morte ainda é um mistério da mente humana, um desejo insondável, a única falta de escolha. 

quarta-feira, 12 de março de 2014

NÃO SABEMOS O QUE CONHECEMOS (CIÊNCIA)

O que nós sabemos que conhecemos? O que nós sabemos que não conhecemos? E o que nós não sabemos que não conhecemos? Isto é, o que podemos falar com propriedade? O que não podemos falar com propriedade? E o que pensamos que podemos falar com propriedade?Considerando que a mente humana absorve apenas 2 mil bits de informação em 400 bilhões de bits que recebemos da vida por segundo, sabemos bem mais do que suponhamos. Tudo é absorvido pela mente. Quando lucidamente rejeitamos novos conhecimentos, a nossa mente desacelera, porque não há recurso neuronial capaz de reconhecer todas as coisas absorvidas na realidade. Como podemos saber tudo sobre todas as coisas que vivenciamos? Como expandir a nossa capacidade de observar e entender o mundo à nossa volta? Não sendo possível, o que não está ao nosso alcance? Entender as múltiplas dimensões da vida é descobrir infinitas possibilidades de alterar a realidade humana. Ignorar esta capacidade é subestimar os atributos do cérebro e viver à margem da verdadeira realidade. O mundo evolui a cada milésimo de segundo, nossas necessidades também, mas o restringimento físico é o algoz da real sabedoria. Apesar de tudo, seguimos nos contentando com o tangível, o visível, o palpável, o material, o que representa uma ínfina parte de tudo que compõe a vida. Isso nos leva a conclusão de que o ser humano se habituou a se encher de perguntas ao invés de descobrir respostas. Quais são as minhas verdadeiras possibilidades? Talvez uma resposta clara tornasse o mundo mais claro, mais humano, mais terrestre e mais pacífico. (Texto baseado no livro "Quem Somos Nós", ED. Prestígio, 2007). 

terça-feira, 11 de março de 2014

AINDA SOMOS HOMENS DAS CAVERNAS (EVOLUÇÃO)

Desde os tempos em que se assava mamutes e tigres de sabre nas refeições e se vivia em cavernas, o ser humano neste planeta não foi criado para conviver em outra dimensão além da física. O mundo ainda se descortinava com suas novidades e abria lentamente o seu leque de possibilidades de existências. Aos poucos, a mente humana foi absorvendo o conteúdo da vida diária, aprendendo com ela e conquistou habilidades para lidar com a sobrevivência. A mente se moldou ao que ela podia enxergar, criou necessidades e gerou com isso eras de descobrimento. Os seres humanos então habituaram-se tão ferozmente à essa vida prática, que as propriedades transcendentais do cérebro caíram em desuso e se deixaram vencer pelo enfado anímico. Novas gerações surgiram nos séculos seguintes e o restringimento físico se consolidou de vez. Alguns historiadores garantem que o caçador primitivo, entre outras motivações, desenhava a presa na parede da caverna antevendo o sucesso da caça (intuição). Posteriormente, adquiriu o ritual de enterrar os mortos e nomeou as forças da natureza que desconhecia, dando origem à primeira tentativa de compreensão da realidade, o que chamamos de mito. Então surgiu o transcendental, o místico. Porém, possivelmente, ele já surgiu como algo assombroso e polêmico, pois fora com tais características que ele percorreu milênios até os dias de hoje como alvo de intenso massacre. O que aparentava atender a um processo evolutivo natural, a magia foi condenada, punida, massacrada e execrada da face da Terra como uma prática herege, quando as religiões passaram a comandar o planeta. Paradoxalmente, o homem amadurecia o espírito, mas desprezava os atributos desta mesma entidade e bania o que estabelecia a sua conexão multidimensional. Nos dias de hoje o parapsiquismo é uma habilidade amedrontada, negada, escondida, evitada ao ponto de, obrigatoriamente, ser reconquistada, quiçás, recriada no universo consciencial. E então, aqueles que recuperaram o privilégio de quebrar as barreiras das multiplas dimensões não evitam, infelizmente, considerar o quanto o ser humano mantém o seu lado cavernoso intacto, aquele mesmo que adorava os bisões rupestres e criava deuses para os proteger. Lá nas cavernas, milênios atrás, deixando nos dias de hoje a seguinte conclusão: ignorar a vida além da matéria e adorar deuses são necessidades primitivas. 

segunda-feira, 3 de março de 2014

BRASIL ENTRA NA ERA NEOLÍTICA (POLÍTICA)

O gigante foi acordado com uma pedrada na cabeça e, ao levantar-ser, deu início à uma nova era para o país: o Período Neolítico. Desde que deixamos o Período Militar Obrigatório e entramos na Era da Pseudodemocracia Capitalista, nunca vimos uma época de tantas novidades. Veio a virada econômica do Fernando Henrique e a fase da Pedra Lascada do Lula e sua corte de pandilheiros, carregando dinheiro onde podiam, até em cuecas, mas colocando sabe-se lá como o gigante nos melhores drafts econômicos mundiais. Hoje, ser a sexta economia do mundo não nos diz nada absolutamente, nem dá ao povo benefício algum que evite protesto, porque entre as dez mais, não há um país sequer com uma gigantesca diferença social como a nossa, ainda dirigido por um regime plutocrata bisonho - salvo na África, onde ele é bem comum. A sociedade também se contorce com as mudanças. Hoje Igrejas se tornaram empresas com relatórios de lucros e prejuízos e marketing share, produzindo riquezas astronômicas, mas continuam ditando os mesmos comportamentos da Era A.C. A onda conservadora que embota a nossa sociedade, retroalimentada por esse desmando religioso, já não provoca tsunamis como antes, mas mantém o povo em marés rasas. O que se aprende não se aplica, porque a vida moderna mudou de maneira rápida demais e as novas formas de ver e entender a vida ainda não foram assimiladas. Por conta desta visão rupestre generalizada, ainda se cria celeumas sobre beijos homossexuais, por exemplo. Navegar na internet hoje é ler sobre esse beijo da novela em todas as redes de notícias. O assunto ganhou contornos acadêmicos dramáticos, com análises antropológicas as mais diversificadas e discussões filosóficas sobre o amor dignas da Escola de Frankfurt e dos compêndios Jungianos/Freudianos. Bem, a pedrada foi certeira. Agora só nos resta torcer para que essa pedra não nos tranforme em Sísifos. Afinal de contas, estamos entrando na Era da Pedra Nova! 

sábado, 1 de março de 2014

A VIDA NÃO É UMA FESTA (CONSCIENCIOLOGIA)

A vida não é uma festa; é um local de trabalho. Tampouco ela pode servir como uma idílica ilustração da realidade nas propagandas de margarina ou nas imaculadas paisagens dos comerciais de sabão em pó. A vida começa ao fim do recesso intermissivo, momento em que nos reprogramamos para mais uma pesada carga horária intrafísica, ao lado de chefes rigorosos que cruzam portais para nos cobrar as promessas que esquecemos, quando pensamos que a vida é uma pândega de comensais, muito embora ela mereça ser celebrada. Em qual outro lugar poderiam os nossos defeitos ser tão aparentes? Em que outra paragem cósmica estaríamos frente a frente com os nossos dissabores? Em qual outra circunstância veríamos nossos pesadelos vencer os sonhos na urgência do despertar da consciência? A vida ensina que o que precisamos é mais importante do que aquilo que queremos, porque essa regra deve ter sido criada por algum mestre astuto e experiente com consciências arrebatadas pelo hedonismo. Quando nos entregam o cartão de ponto, pensamos se tratar de um crachá com passe livre na área VIP. Muitos se descabelam ao ver que tem nas mãos uma vassoura e não uma garrafa de champagne. A faxina é grande, e a cada dia levamos essas vassouradas na medida em que percebemos o quanto temos que limpar, esfregar, assear, varrer e lavar o nosso espaço, desembaraçar nós seculares, lustrar nossas qualidades, tirar ferrugem, lodo e mofo do pensamento, remover crostas de gorduras envelhecidas de comportamentos, restos de comida fossilizada, que ficaram dos banquetes de outrora, manchas de sangue milenares, que ficaram encardidas na falta de reconciliação, nódoas perpetuadas no esquecimento de quem largamos no meio do caminho, e toda uma sorte de poeiras que ficaram suspensas no tempo, ofuscando a visão de uma verdadeira casta de renegados que ignoramos regastar. Não, a vida não é uma festa; é uma fábrica onde trabalhamos muito duramente como mini-peças de uma enorme engrenagem. A vida também não é um destino de férias e não vivemos em plena alta estação. Aqui as promoções só acontecem no inverno, quando é hora de largar o serviço e voltar para casa. 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

HOJE VOU FALAR SOBRE PAZ (COMPORTAMENTO)


Uma onda de problemas típicos da cidade grande cresce na medida em que o mundo se desgoverna. Na segunda-feira passada a Linha Vermelha esteve interditada por conta de um arrastão em massa que aconteceu na primeira hora do horário do rush. Na terça, houve um grande tiroteio no morro Grajaú-Jacarepáguá entre traficantes e policiais, que alterou a rota dos ônibus no começo da noite. Na quarta, a polícia fechou o cerco na avenida Washington Luís, nos arredores do Rio, para interceptar uma quadrilha que se preparava para roubar um carro-forte e no tiroteio, seis mortos ficaram no caminho, em plena tarde carioca. Na quinta, hoje, um novo tiroteio, dessa vez no bairro de Vila Isabel, interditou a avenida que dá acesso ao morro Grajaú-Jacarepaguá por volta das sete de noite. Todos esses eventos diários envolveram dúzias de pessoas, entre poiliciais e bandidos, e outra centena desavisada de civis, que assistia a tudo passivamente, sem saber para onde ir nem o que fazer. Todos eles aconteceram no meio da vida urbana fervilhante, com a cidade se abarrotando de gente de todos os lugares, que chegam às vésperas do Carnaval. Na mesma rotina urbana, passeatas saem à ruas diariamente e o trânsito se modifica a cada dia no centro da cidade, se altera sem explicação nem aviso prévio. Ruas são fechadas em minutos e milhares de pessoas atrasam em horas a ida para o trabalho ou a volta para casa. Uma fila interminável de ônibus se aglomera todas as horas dos dias úteis na principal via de acesso ao centro e lá usuários vêem passar pela janela horas de vida inutilmente, porque preferem esperar dentro dos veículos do que se aventurar a caminhar sob o sol abrasivo deste verão inegociável, com temperaturas acima dos 40°c. Mas o Rio de Janeiro não é só tiroteios nem se resume ao seu trânsito caótico. A cidade se engarrafa por passe de mágica, a população sofre nas ruas, dentro de carros, em ônibus, trens e metrôs, mas uma nova população desembarca em hordes jamais vistas para viver esse mesmo caos, esse mesmo trânsito, essa mesma violência urbana, as mesmas passeatas de injustiçados, o mesmo calor infernal no verão da cidade maravilhosa. Nesse cenário, fica mais fácil pensar em paz, porque ela está escondida em algum lugar, no meio de tudo isso. Ela faz falta e por isso o sonho de obtê-la está sempre presente. Ela é lembrada em outdoors e estampada em camisetas, fala-se de paz na TV e nas rádios, nas rodas de conversa e nos debates políticos, surgem nas manchetes dos jornais e das revistas. A paz está em todos os lugares, nem que seja transfigurada num simples desejo ou numa moeda da sorte. 

UM MUNDO IMAGINADO (FILOSOFIA)

Imaginar é saudável. Já imaginaram um mundo onde não houvesse preconceito, repressão, opressão, onde o amor fosse válido para todos, sem importar o gênero do amante, onde o poder não precisasse de guerras, nem a ganância impusesse a violência e o roubo, onde os mais velhos fossem respeitados por representar o que conquistamos, onde as crianças fossem educadas pluridimensionalmente, onde a vida fosse valorizada e respeitada de uma forma holística e onde todos vivessem e deixassem viver? O que nós estamos fazendo para construir esse mundo?