Acabei de ler um texto muito interessante da Beatriz Lobato, que ilustra a incoerência humana como uma marca da involução do comportamento e da estagnação de princípios e valores, arraigados desde muito antes da época em que por aqui passou o filósofo Jesus Cristo. E é sobre ele que ela disserta: "Jesus passou a vida arrumando treta por questões sociais. Defendeu assassino, ladrão, puta, pobre e leproso. Juntou uma galera pra... defender a causa. Começou a fazer barulho. Conquistou o desafeto da classe média e da elite. Considerado subversivo, foi preso pelo Império. A classe média pedia pena de morte, mas o crime não a justificava. Pôncio Pilatos jogou o b.o. pra Herodes. Herodes se ligou na mesma coisa e devolveu o b.o.. Pilatos então deixou pra galera decidir. Bem pensado, porque desde aquele tempo, o povo já tava cheio de dateninha linchador. O cara foi executado ouvindo piadinha de justiceiro. E não foi morto "entre" bandidos. Foi executado pelo Estado COMO bandido - subversivo, o que de fato era. Enfim, o messias cristão foi um sujeito engajado em questões sociais, executado como bandido pelo Estado sob os aplausos dos justiceiros. Então, Jesus, se você estiver lendo isso e pensando em voltar, fica esperto. Essa "gente de bem" de hoje em dia vai te matar de novo enquanto come bacalhau e ovo de Páscoa." É... nada mudou por aqui.
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